O Tolstoy é o gato da minha avó. Ninguém o chama Tolstoy, só eu. Bem melhor do que Xiquinho, o nome originalmente escolhido para o pobre gato. Ora, eu achei que Tolstoy era um nome bem mais interessante. Creio que concordam.
Adiante.
O Tolstoy, como qualquer gato, apenas se preocupa com três coisas: dormir, comer e foder. Lembra-vos alguém? Exacto. O Tolstoy é como a maioria dos humanos, partilha os mesmos três grandes objectivos essenciais. Alguns humanos preocupam-se em justificar a sua existência. O Tolstoy não. Ele apenas se preocupa se vê o prato vazio, se o chateiam ou se uma qual
Voltemos agora cada um para a sua fila. Tirámos a senha e resta-nos esperar. Olhamos para as outras pessoas da fila com alguma desconfiança. Natural, suponho. Esperaremos algum tempo até sermos atendidos. Mas seremos atendidos. E nunca mais nos veremos.
Carrego no acelerador, a paisagem passa por mim, não mais do que um borrão indistinto. Árvores, casas, muros, tudo passa sem deixar a mínima impressão. Quero voltar lá, todos os segundos que passo afastado do quarto são segundos inúteis, sem qualquer sentido ou razão.
Quando finalmente chego, ele ali está mas sem o sorriso do costume.
Desta vez posso prestar atenção ao que rodeia a estrada, vejo as casas de dois andares, vejo as enormes árvores verdes que salpicam a região, vejo crianças a brincar, vejo tudo. Ando devagar, não tenho pressa em chegar. Subo o elev
A toalha passa pelos seus olhos antes de ir para o seu cabelo. Esfrega-o com força a mais, o seu cabelo sempre foi forte mas após a lavagem fica sempre frágil. A toalha volta a passar pelos seus olhos. Acordou minutos antes, não dormiu muito mas dormirá nesta tarde. Quando o vulto laranja da toalha passa, apercebe-se de que algo mudou. A certeza de tal facto começa a apoderar-se dele, espera antes de fazer qualquer coisa, quer certificar-se de que não é apenas um humor passageiro. Mais uma das suas vontades, mais um dos seus dramas, mais uma emoção fingida.
Hoje é o dia. Sabe-lo agora.
O restaurante está cheio, várias pessoas estão sentadas em mesas para dois. Uns estão a olhar para as paredes, em busca de algo interessante, uma vez que não encontram nada nas pessoas com quem se sentam.
Outros falam com a companhia que têm, ou fingem que estão interessadas e que a conversa é boa ou realmente sentem que estão ali bem, que há significado no que dizem; no que pensam; no que sentem.
A zona de fumadores está igualmente cheia, duas pessoas sentadas numa mesa destacam-se das restantes. São absolutamente iguais a todas as outras. Um homem e uma mulher estão a ver o
Paper. Rock. Scissors. by CarlosAndreAlves, literature
Literature
Paper. Rock. Scissors.
- É tão fácil perder-te, amor.
- Sim, eu sei que é. Mas não deves temer isso. Gosto muito de ti, és a minha melhor amiga e nunca deixarei de falar contigo como fiz com tantos outros antes.
- Mesmo assim tenho medo que um dia te perca.
- Não tenhas. Afinal de contas é uma questão de sorte.
- E eu tenho muita. Nunca precisei de guarda-chuva quando estava a chover. Nunca tive nenhuma doença. Sempre me calharam os melhores amigos. Tenho sempre imensas pessoas a quererem namorar comigo. Houve até aquela vez em que dispararam contra mim mas a bala não me atingiu. Sou uma pessoa com sor
Vários dias se passaram, sabes isso tão bem quanto eu.
E muito se perdeu nesses dias, talvez não consigamos recuperar nem metade.
O ano acaba e daqui a pouco começará um outro ano, carregado de esperanças, como é característico.
Mas isso não me interessa.
O 8 pode mudar para 9, não mudará nada.
Interessa-me, sim, saber como acabaremos o ano e como o começaremos.
Dizes-me?
Não.
Ora, bebamos então um copo de champanhe, fumemos o último cigarro do ano.
Também me podes beijar.
Não sei o que somos. O que estamos a construir.
Não sei se deva aceitar
O homem pegava em balas que estavam na caixa azul, metia-as na arma e disparava. Assim continuou durante bastante tempo.
Disparava sem cessar contra o alvo que estava alguns metros à sua frente. Acabavam-se as balas na arma e logo tirava mais da caixa e voltava a disparar. Assim se repetiu durante um grande período de tempo.
O alvo começava a ficar cravejado de balas, tornando-se a cada ciclo menos e menos reconhecível. Apenas alguns pedaços de papel restavam. A arma fez o clic característico de que as balas se tinham acabado e o homem levou a mão à caixa para ir buscar mais, surpreso, reparou que a c
Sobe. Quando lá chegares podes ver.
Pergunta-lhe porque ainda está com ele. Porque permanece ele agarrado a uma relação saudável mas que peca por ser quase impossível. E a verdade é que não lhe sabe responder. Nem sabe definir a relação.
Mas nem sempre é preciso saber-se definir alguma coisa para a aceitar. Aceitação não implica compreensão. Ou pelo menos é isso que ele pensa.
Sim, qualquer um teria abandonado a relação após tudo o que se havia passado. Mas ter ficado no barco, mesmo quando parecia que ia afundar compensou, não compensou?
S
Havia um cheiro estranho no ar. Quem passasse por ali poderia sentir o cheiro das flores mas identificaria um outro odor, embora não fosse capaz de indentificá-lo ou dizer de onde vinha.
Um perito diria que havia morte no ar. De facto, corvos começavam a reunir-se nas árvores, à procura da fonte do cheiro mas não conseguiam encontrá-la.
Alguma coisa havia morrido e a multidão que se começava a juntar procurava em todos os arbustos, revirava cada pedra. Mas sem sucesso, o corpo não estava em lugar algum.
Os abutres começavam a voar em círculos, também eles tinham cheirado a mo
Era um Outono incerto. O calor ainda se fazia sentir, misturado com frio matinal e nocturno. Várias pessoas passavam com cachecóis e várias outras de manga curta. Todas passavam debaixo da janela, à vista de ambos.
Estavam sentados num café, cada um tinha um cigarro na mão e olhavam um para o outro, quase como se não houvesse mais ninguém no café, como se só eles dois interessassem.
Sentiam a vontade de dar as mãos mas tal gesto ainda era relativamente perigoso e portanto contentavam-se em olhar um para o outro, expressando o seu amor de outras formas que não o toque.
Alguém
Ele chora com as mãos na cabeça. A seu lado está o seu amor que lhe diz que chegou o fim. Chora como se chorar pudesse remover alguma da dor que está a sentir.
A alguma distância deles está um grupo de jovens sentados na relva. Estão-se a rir e a falar uns com os outros, para eles, os dois rapazes são apenas mais duas pessoas nos jardins da Gulbenkian. Para eles, os dois rapazes não interessam.
O casal continua a falar, um deles, o que parece querer acabar está sentado de forma normal. O outro chora.
Uma das pessoas do grupo repara nos dois rapazes. Perspicaz, repara que são um casal e
Errou e sabia que tinha errado. Ou saberia? A vida continuava, e ele vagueava pelo mundo, absorto dos erros que ia cometendo. Alturas havia em que lhe diziam que errou mas pouca importância lhes dava, ele nunca errava. Eram os outros que erravam, os outros que o desapontavam, os outros que haviam mudado. Ele nunca errava, fazia parte da sua grande personalidade. Errar era fraco.
E ainda que pudesse estar errado, apenas o pensava como uma possibilidade, nunca como um dado adquirido.
Mas eu sabia que ele tinha errado. Sentia-o, sabia em quê e como havia ele errado. Mas sabia? Não poderia ser eu o errado? Eu o que estava a ser m
Sobe. Quando lá chegares podes ver.
Pergunta-lhe porque ainda está com ele. Porque permanece ele agarrado a uma relação saudável mas que peca por ser quase impossível. E a verdade é que não lhe sabe responder. Nem sabe definir a relação.
Mas nem sempre é preciso saber-se definir alguma coisa para a aceitar. Aceitação não implica compreensão. Ou pelo menos é isso que ele pensa.
Sim, qualquer um teria abandonado a relação após tudo o que se havia passado. Mas ter ficado no barco, mesmo quando parecia que ia afundar compensou, não compensou?
S
O homem pegava em balas que estavam na caixa azul, metia-as na arma e disparava. Assim continuou durante bastante tempo.
Disparava sem cessar contra o alvo que estava alguns metros à sua frente. Acabavam-se as balas na arma e logo tirava mais da caixa e voltava a disparar. Assim se repetiu durante um grande período de tempo.
O alvo começava a ficar cravejado de balas, tornando-se a cada ciclo menos e menos reconhecível. Apenas alguns pedaços de papel restavam. A arma fez o clic característico de que as balas se tinham acabado e o homem levou a mão à caixa para ir buscar mais, surpreso, reparou que a c
Vários dias se passaram, sabes isso tão bem quanto eu.
E muito se perdeu nesses dias, talvez não consigamos recuperar nem metade.
O ano acaba e daqui a pouco começará um outro ano, carregado de esperanças, como é característico.
Mas isso não me interessa.
O 8 pode mudar para 9, não mudará nada.
Interessa-me, sim, saber como acabaremos o ano e como o começaremos.
Dizes-me?
Não.
Ora, bebamos então um copo de champanhe, fumemos o último cigarro do ano.
Também me podes beijar.
Não sei o que somos. O que estamos a construir.
Não sei se deva aceitar
Paper. Rock. Scissors. by CarlosAndreAlves, literature
Literature
Paper. Rock. Scissors.
- É tão fácil perder-te, amor.
- Sim, eu sei que é. Mas não deves temer isso. Gosto muito de ti, és a minha melhor amiga e nunca deixarei de falar contigo como fiz com tantos outros antes.
- Mesmo assim tenho medo que um dia te perca.
- Não tenhas. Afinal de contas é uma questão de sorte.
- E eu tenho muita. Nunca precisei de guarda-chuva quando estava a chover. Nunca tive nenhuma doença. Sempre me calharam os melhores amigos. Tenho sempre imensas pessoas a quererem namorar comigo. Houve até aquela vez em que dispararam contra mim mas a bala não me atingiu. Sou uma pessoa com sor
O restaurante está cheio, várias pessoas estão sentadas em mesas para dois. Uns estão a olhar para as paredes, em busca de algo interessante, uma vez que não encontram nada nas pessoas com quem se sentam.
Outros falam com a companhia que têm, ou fingem que estão interessadas e que a conversa é boa ou realmente sentem que estão ali bem, que há significado no que dizem; no que pensam; no que sentem.
A zona de fumadores está igualmente cheia, duas pessoas sentadas numa mesa destacam-se das restantes. São absolutamente iguais a todas as outras. Um homem e uma mulher estão a ver o
A toalha passa pelos seus olhos antes de ir para o seu cabelo. Esfrega-o com força a mais, o seu cabelo sempre foi forte mas após a lavagem fica sempre frágil. A toalha volta a passar pelos seus olhos. Acordou minutos antes, não dormiu muito mas dormirá nesta tarde. Quando o vulto laranja da toalha passa, apercebe-se de que algo mudou. A certeza de tal facto começa a apoderar-se dele, espera antes de fazer qualquer coisa, quer certificar-se de que não é apenas um humor passageiro. Mais uma das suas vontades, mais um dos seus dramas, mais uma emoção fingida.
Hoje é o dia. Sabe-lo agora.
200. My middle name is: Egocentric
199. I was born on: 20th of June, 1989
198. I am really: cool.
197. My cell phone company is: Nokia; Samsung
196. My eye color is: Brown and green.
195. My shoe size is: 41
194. My ring size is: Medium
193. My height is: 1.72m
192. I am allergic to: dogs, cats, stupidity
191. I was born in: Lisbon (L)
190. I live in: Almada
189. Last book you read: The Brothers Karamazov - Dostoevsky
188. My bed is: err... made of wood?
187: One thing you hate about yourself: I love myself. Nothing to hate.
179. My favorite Holiday is: who cares?
178. The perfect kiss is: well, it happens almost every day.
17
A cookieslady é simpática. Não se importa com eu ter roubado a tag.
1)Real name:
Carlos André Alves
2)Gangsta name (first 3 letters from your name)
And
3)Detective Name (favourite colour+ your favourite animal)
Purple Sauropod (You know that thing kids have with dinosaurs? Well, I still have it)
4)Literary Name ( Middle name + your street adress name )
Palma Alves Redol (o meu apelido é o nome da rua. amazing)
5)Star Wars name ( first 3 letters from your last name+ 2 first letters from your name+ first 3 letters from your mother's last name)
Alvanpal
6)Super hero name (your other favourite colour + your fav
bem vindo ao deviantART! Um local único onde pode partilhar a sua arte
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relaxe, respire fundo 3 vezes, ouiça david fonseca e tente de novo, porque não nos interessa minimamente (a nao ser que esteja interessado em subscrever)